Quanta bobagem... Sua pergunta é interessante e coerente, vamos lá:
As rodas do trem, na banda de rodagem, possuem uma curvatura cônica, imperceptível a olho nu, que tornam o diâmetro da roda maior na face interna e menor na face externa. Com isso, surge a diferença de diâmetro necessária, em termos, para compensar a diferença de distância a percorrer no trilho interno da curva em relação ao trilho externo. Acontece que como essa diferença é maior do que as rodas podem suportar, nas curvas você sempre vai ouvir o ruído de "esmeril", que as pessoas pensam que é do freio, e na verdade é a roda interna à curva sendo arrastada porque a distância a percorrer é menor. O fato é que trens odeiam curvas, então há o desgaste tanto do trilho quanto da roda. Em ferrovias antigas, até os anos 50, esse arrasto é mais intenso porque as curvas são "apertadas", têm um raio médio de 60 metros, inconcebível em ferrovias modernas que normatizam 900 metros como raio mínimo de curvatura, e daí para mais. Uma roda de trem dura na ordem de 1.000.000 de km, quando então tem de ser retificada para voltar a ficar cônica. Trilhos em ferrovias de grande tráfego tem de ser trocados a cada 2 anos, no máximo, porque o desgaste acelerado danifica as rodas.
Para tirar mais dúvidas, associe-se em "VFCO", Viação Férrea do Centro-Oeste, do Yahoo! Grupos, onde tem tudo isso muito bem explicado e ilustrado. Abraços.